Donos do Banco Semear, cujo lucro deve crescer mais de 50% em 2011, começaram a vida vendendo joias de porta em porta

Pode mascate virar banqueiro e dono de um conglomerado de empresas? Pois é exatamente essa a história da família Azevedo, cujos oito filhos do casal Semíramis e Arthur ganhavam a vida vendendo jóias de porta em porta. No início dos anos 1960, Arthur, Maria Augusta, Jairo, Márcio, Ilvio, Aguinaldo, Maria José e Elcio vendiam brincos e colares para vizinhos, amigos e familiares em Belo Horizonte. O sucesso de um irmão puxava o outro, até abrirem a primeira joalheria, depois a segunda e a terceira. Neste ano, o Banco Semear, criado numa das muita fases de diversificação do grupo Seculus, deve lucrar R$ 11 milhões. Pelas projeções traçadas pelo presidente, Elcio Azevedo, no ano que vem os ganhos somarão quase R$ 17 milhões, crescimento de mais de 50% nos resultados. Os outros negócios do grupo têm trajetória parecida.

A história, no entanto, teve muitas idas e vindas. Para lucrar mais com as vendas de jóias, os irmãos resolveram fabricar as peças, no fim da década de 1970. “Nossa fábrica chegou a ser a maior do setor da América Latina”, conta Elcio, com orgulho. “Sempre nos preocupamos em diversificar as atividades e em aproveitar as oportunidades.”

Nessa estratégia de diversificação, antes da construção da fábrica de joias, a família já havia entrado na área de construção civil e atuado como importadora de relógios para distribuição nas lojas, do que já formava o grupo Seculus. Elcio afirma que essa ultima atividade foi interrompida entre 1975 e 1976, pois o governo federal, com o lema “exportar é o que importa”, passou a dar ênfase na substituição de importações, e as compras externas perderam fôlego.

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